terça-feira, 22 de setembro de 2009

BE Lisboa

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Já estão por toda a cidade os novos mupis da campanha do Bloco em Lisboa. São três diferentes e têm por temas "Reabitar Lisboa", "Libertar o trânsito" e "Desenlatar a frente do Tejo". Estes temas serão centrais na campanha do Bloco.

"Reabitar Lisboa" porque a cidade tem de recuperar a dinâmica perdida ao longo das últimas décadas, estancando o seu abandono pela população. Os fogos devolutos actualmente existentes dariam para acolher 80 mil pessoas, mas estão expectantes da valorização do mercado. Uma parte dessas habitações está degradada e muitos proprietários não têm recursos para as reabilitar. A autarquia deve implementar um programa de reconstrução urbana, com a participação do Estado, para co-financiamento da reabilitação obrigatória das casas desocupadas e degradadas. O Bloco propõe a reabilitação de 100 mil casas degradadas, o corresponderia a um investimento de 500 milhões de euros. Este programa permitiria a criação de uma Bolsa de Arrendamento Municipal, incluindo todas as casas desocupadas que tiveram intervenção pública.

"Libertar o Trânsito" porque o excesso automóvel que congestionou Lisboa não se resolve com a febre dos túneis, o desespero das circulares, o alargamento constante de faixas de acesso.. A Câmara deve tomar a iniciativa de criar um passe e bilhete único multi-modal diário que articule o direito ao estacionamento em alguns parques na entrada da cidade, com uso da Carris e do Metro. São necessárias mais linhas de eléctrico, horários de autocarros mais regulares e mais fiáveis, corredores BUS eficientes, transportes ecológicos e bilhetes diários e passes multi-modais.

"Desenlatar a frente do Tejo", porque a requalificação da frente ribeirinha de Lisboa é contrária à proliferação de barreiras físicas. Melhorar a relação de Lisboa com o Tejo é "construir cidade" à beira de água, através de novos pólos urbanos de baixa densidade, em conjugação com jardins e braços de água, com ruas e uma rede de transporte público com eléctricos rápidos que se estendam, à beira rio, desde o extremo ocidental ao oriental da cidade. É necessário garantir que esta nova área não seja fechada sobre si própria nem objecto de operações especulativas, limitando a construção exclusivamente a loteamentos municipais. Os projectos de triplicação de contentores em Alcântara e de cruzeiros em Santa Apolónia, aumentam as barreiras físicas, criam urbanizações densas com torres de 16 andares ou mais são um atentado à medida e à proporção da cidade, e da sua respiração.

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